Adeus ao “Voz marcante”: Léo Batista morre aos 92 anos; relembre trajetória do jornalista
O jornalista João Baptista Bellinaso Neto, conhecido por todos os apaixonados por esporte como Léo Batista, morreu neste domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 92 anos. Ele estava internado em um hospital na capital fluminense desde sexta-feira (17), quando recebeu o diagnóstico de câncer no pâncreas. Nascido em Cordeirópolis (SP), em 1932, ele dedicou 80 anos da vida ao jornalismo, seja no rádio ou na televisão. Com o passar dos anos, ganhou o apelido de “Voz Marcante”.
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Léo Batista participou de momentos importantes da história do país. Em 1954, na Rádio Globo, o locutor anunciou, em primeira mão, o suicídio de Gatúlio Vargas. No esporte, em 1994, o Voz Marcante trouxe, na TV Globo, a triste notícia da morte do piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna. E por falar no mundo esportivo, o ilustre botafoguense construiu 50 anos de história no Grupo Globo, onde cobriu inúmeras edições dos Jogos Olímpicos e de Copas do Mundo. Além disso, como apresentador, foi a voz e o rosto de inúmeros programas esportivos da emissora carioca.
Léo Batista começou na função de locutor de forma lúdica e despretensiosa, mas no fundo alimentando a esperança de um dia ser visto pelos meios de comunicação. Assim, aos 12 anos, escolheu um canto da sala de sua casa e usava uma latinha de tomate como microfone para treinar a escalação dos times da época. Três anos depois, por indicação de um primo, se inscreveu e foi aprovado para trabalhar no serviço de alto-falante de Cordeirópolis.
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Na sequência da carreira, se mudou para Birigui, onde trabalho na Rádio Clube da cidade. Por lá, ganhou a oportunidade de narrar os jogos de futebol e, algum tempo depois, assumiu uma função de gerência. A partir de 1952, a trajetória profissional de Léo Batista decolou com sua chegada à Rádio Globo. Tudo isso, graças a Luiz Mendes, o Comentarista da Palavra Fácil.
A primeira mudança foi no nome profissional para “Léo Batista” sob sugestão de Mendes. Três anos depois, em 1955, o amigo de profissão, o convidou para trabalhar na TV Rio. Surgia, assim, a primeira oportunidade na televisão. Um lugar que não saiu mais e ajudou a desenvolver, em especial, a programação esportiva. Esporte Espetacular, Copa Brasil – que se tornaria o Globo Esporte – foram alguns dos programas apresentados por ele. Fora do mundo esportivo, foi apresentador do Jornal Nacional, do Jornal Hoje e dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, no Carnaval.
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Por fim, ao longo da carreira Léo Batista se tornou uma referência na televisão e no jornalismo brasileiro. Ainda que seu nome e sua imagem remetessem, muitas vezes, ao jornalismo esportivo, ele inspirou gerações quando o assunto era programas de TV. Assim, o país se despede de mais um ícone da nossa imprensa, sempre com a boa lembrança do nosso “Voz Marcante”.
