Relembre a carreira de José Boto, diretor esportivo do Flamengo, no Benfica

Antes de mais nada, José Boto, atual diretor esportivo do Flamengo, conquistou 17 títulos como scout e head scout do Benfica. Foram, ao todo, cinco títulos de campeão nacional, duas Taças de Portugal, sete Taças da Liga e três Supertaças, os troféus que o novo homem forte do Mengão ergueu, tendo funções importantes no histórico clube português que é, como se sabe, um dos maiores da Europa no futebol.

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2007 foi o ano em que José Boto se juntou às “Águias” de Portugal, iniciando um período de uma década no clube. Com um trajeto como treinador em clubes modestos da região de Lisboa, ele rapidamente mostrou qualidades e a capacidade de descobrir talentos, o que o levou à chefia do departamento de scouting do Benfica em 2010.

Posteriormente, os futuros craques e internacionais David Luiz, Maxi Pereira, Ramires, Ángel Di María, Cristián Rodríguez, Nicolás Gaitán e Óscar Cardozo foram alguns dos jogadores cuja escolha teve a mão do então scout do clube português.

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Depois, sob a coordenação de scouting de José Boto, o Benfica fez história ao conquistar o Tetracampeonato Português (2013/2014, 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017) e reassumiu a hegemonia no futebol português, falhando apenas na conquista de um título europeu ao perder duas finais consecutivas da Liga Europa.

Nessa fase, José Boto trabalhou com o técnico Jorge Jesus e, sabe-se, os dois tinham uma relação de grande proximidade, frequentemente discutindo jogadores que observavam. Jan Oblak, Ederson, Victor Lindelöf, Nemanja Matic e Axel Witsel foram as descobertas mais bem-sucedidas indicadas pelo atual diretor esportivo do Flamengo.

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Esse percurso chegou ao fim no dia 10 de junho de 2018, quando José Boto, em sua conta pessoal do Instagram, se despediu, indicando que precisava de um novo desafio. O português encerrava, assim, sua passagem pelo Benfica.

“Foi uma decisão difícil, exclusivamente minha, e agradeço a vontade do presidente para que eu continuasse. Estou contente pelo trabalho realizado. Sinto que trouxe coisas boas, mas fui um mero executante da estratégia planejada pela direção. Houve sempre uma máxima confiança da direção no meu trabalho, e isso ajudou”, escreveu o scout antes de “abraçar” sua primeira aventura fora de Portugal, no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal