Conheça o histórico policial de Fernando Sarney, ‘novo chefe’ CBF Vice-presidente mais antigo, assumiu o cargo e deverá convocar eleições em no máximo 30 dias

Por que Fernando Sarney assumiu a presidência da CBF?
Primeiramente, Fernando Sarney já assinou o termo de posse como presidente interino da CBF, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinar o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo. Conforme a decisão, o dirigente maranhense deverá convocar eleições em até 30 dias, o que pode redefinir o comando da Confederação Brasileira de Futebol ainda neste primeiro semestre.
Quais acusações já envolveram o nome de Fernando Sarney?
Apesar da experiência nos bastidores da CBF e da FIFA, a ascensão de Fernando ao cargo ocorre sob o peso de um passado controverso. Em 2009, ele foi indiciado pela Polícia Federal por formação de quadrilha, tráfico de influência e falsificação de documentos. As denúncias vieram à tona durante a Operação Faktor, que investigava movimentações financeiras suspeitas em empresas ligadas à sua família.
O que revelaram as investigações da Polícia Federal?
Durante a operação, escutas telefônicas ligaram o nome de Fernando a práticas ilícitas. Na tentativa de conter o impacto, ele moveu uma ação contra o jornal O Estado de S. Paulo, com o objetivo de impedir a publicação do conteúdo. No entanto, mesmo tendo desistido da ação ainda em 2009, o jornal manteve a disputa judicial, encerrada somente dez anos depois.
Fernando Sarney foi acusado de evasão de divisas?
Em 2010, o nome do dirigente voltou a aparecer em relatórios da PF, dessa vez por suspeita de evasão de divisas. De acordo com os investigadores, ele transferiu ilegalmente 1 milhão de dólares para um banco em Qindao, na China, em nome de uma empresa com fachada de importadora de bicicletas. O dinheiro, não declarado ao Fisco, teria passado por instituições financeiras de Nova York antes de chegar ao destino final.
O que essas acusações representam para a nova gestão?
Finalmente, diante dessas ocorrências, Fernando Sarney retorna aos holofotes em um dos momentos mais delicados da história recente da CBF. Além de comandar a entidade sob forte pressão judicial, ele precisa lidar com o escrutínio da opinião pública. Assim, seu histórico de investigações volta a ser destaque justamente quando o futebol brasileiro enfrenta mais um impasse político nos bastidores.