Willian chega ao Grêmio com experiência e versatilidade. Dessa forma, encaixa em várias soluções táticas de Mano Menezes. Antes de tudo, é importante destacar que se trata de uma opção capaz de trazer criatividade e liderança, sem comprometer o equilíbrio defensivo da equipe.
Num 4-2-3-1, por exemplo, o jogador de 37 anos rende como meia-atacante pela direita ou como segundo atacante por dentro. Assim, pode assumir a função de criador nos momentos de posse. Além disso, em transições rápidas, explora sua capacidade de penetração e de passe entre linhas. Como consequência, oferece também finalização de média distância, recurso que amplia as alternativas ofensivas.
Por outro lado, em um 4-3-3 mais dinâmico, Mano Menezes pode utilizá-lo como extremo direito. Nesse papel, o brasileiro tem liberdade para cortar para o meio, o que abre espaço para laterais ofensivos. Ainda, a experiência em clubes grandes habilita Willian a participar de bolas paradas e da organização do vestiário. Portanto, além da técnica, ele agrega liderança a um elenco jovem (25 anos de média de idades).
No entanto, para equilibrar o sistema, Mano precisa garantir cobertura defensiva. Logo, a dupla de volantes deve ter perfil de recuperação e antecipação. Ou seja, Willian não fica exposto ao desgaste físico e mantém energia para criar no ataque. Assim, o meio-campo ideal combina um recuperador com outro mais vertical.
Como foi a última passagem de Willian no Brasil?
Vale lembrar que, em 2021 e 2022, quando atuou no Corinthians, o internacional brasileiro não teve números de destaque. Em 2021, ele fez nove jogos e duas assistências. Depois, no ano de 2022, Willian marcou um gol e foi protagonista de quatro assistências num total de 36 desafios com a camisa do Timão.
Por fim, Mano pode explorar rotações inteligentes. Em alguns jogos, Willian pode começar como camisa 10, controlando a posse. Noutras, entrar no segundo tempo para aproveitar adversários cansados. Em resumo, com funções claras e proteção defensiva, o ex-Chelsea pode ser peça de decisão sem comprometer a organização coletiva.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal




