Antes de tudo, a temporada de Léo Pereira no Flamengo é daquelas que consolidam uma carreira. Aos 29 anos, o zagueiro é o defensor com mais gols na Série A do Campeonato Brasileiro, com quatro bolas na rede em 29 jogos, segundo o Sofascore.
Além do faro ofensivo, mantém 93% de acerto nos passes e 60% de precisão nos lançamentos longos, mostrando equilíbrio entre solidez e qualidade técnica. Assim, formando uma dupla com Léo Ortiz, o camisa 4 é peça essencial nas duas defesas menos vazadas da Copa Libertadores e do Brasileirão.
O entrosamento entre os dois tem sido um dos pilares do ótimo desempenho rubro-negro na temporada, sustentando o time tanto em jogos de mata-mata quanto no campeonato de pontos corridos.
Mesmo assim, o defensor ainda não foi convocado para a Seleção Brasileira principal. E é difícil encontrar explicação puramente técnica para a ausência dele nas últimas listas do técnico Carlo Ancelotti.
Por exemplo, em números e regularidade, Léo Pereira não apresenta dados inferiores aos de Fabrício Bruno, zagueiro do Cruzeiro que atua na mesma competição e com estatísticas muito semelhantes. Vale ainda lembrar que a temporada mais artilheira do camisa 4 foi em 2018.
Com a camisa do Athletico-PR, ele marcou seis gols e fez uma assistência em 41 partidas. Contudo, no Flamengo, o zagueiro já atingiu o número máximo de gols numa temporada com cinco tentos: quatro no Brasileirão e um na Copa Libertadores da América.
Quantos títulos conquistou Léo Pereira na carreira?
Campeão de praticamente tudo o que disputou, Léo Pereira já ergueu 16 troféus na carreira, incluindo Libertadores, Recopa Sul-Americana, Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão. É um currículo de peso, construído com consistência, liderança e protagonismo em momentos decisivos.
Mesmo sem vestir a Amarelinha, o zagueiro segue provando, jogo após jogo, que está entre os mais completos do futebol nacional. E, se continuar nesse nível, talvez esteja na hora de Léo Pereira ser mais do que um destaque do Flamengo e se tornar uma opção real para a Seleção Brasileira. A escolha fica, agora, do lado do técnico italiano Carlo Ancelotti.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal




