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Bastidores: saiba os motivos e os detalhes da saída de Marcelo do Fluminense

A relação entre Fluminense e Marcelo chegou ao fim. A rescisão de contrato foi oficializada pelo clube na manhã deste sábado, 2, após reunião durante a madrugada no camarote do presidente Mário Bittencourt no Estádio do Maracanã. A Agência RTI Esporte explica os motivos para a saída forçada do jogador.

O jogador de 37 anos formalizou o pedido para deixar as Laranjeiras em setembro, motivado por questões familiares e desejo de regressar a Espanha. Propôs, inclusive, abrir mão de valores que teria direito a receber até o final do contrato. O pedido, porém, acabou não sendo aceito pelo presidente Mário Bittencourt que contornou a situação internamente.

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Desde então, Marcelo passou a cobrar promessas não cumpridas pelo dirigente tricolor. Entre os pontos questionados, o jogador passou a reclamar abertamente da falta de reforços ‘graúdos’ que mudariam o patamar no Fluminense. Mário Bittencourt, então, fechou a contratação de Thiago Silva.

O ex-zagueiro de Chelsea, Paris Saint-Germain e Milan foi, de fato, o maior reforço na temporada de 2024. E foi só. Na última janela de transferências, o clube contratou Ignacio Silva, Gabriel Fuentes, Facundo Bernal e Kevin Serna. Porém, nenhum deles, até o momento, empolgou com a camisa tricolor.

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Marcelo nunca escondeu a insatisfação com a falta de um time competitivo para brigar por títulos neste ano. Isso porque o jogador criou a expectativa de que o clube não pouparia dinheiro para buscar o bicampeonato da Copa Libertadores da América e o tri do Campeonato Carioca.

Demissão de Fernando Diniz

Em um ano que poderia ser mágico, o Fluminense venceu apenas a Recopa Sul-Americana. Sob o comando de Fernando Diniz, o time conseguiu passar de fase na Copa Libertadores da América. No entanto, viveu seu pior momento na temporada entrando na zona de rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro.

A má campanha no Brasileirão foi fundamental para a saída de Fernando Diniz. Marcelo, uma das principais lideranças do elenco e figura próxima ao alto comando tricolor, colocou-se contra à demissão do treinador. Internamente o discurso era de que o time precisava de um pouco mais de tempo para “dar liga” novamente.

Apesar dos pedidos do veterano e, também de outros jogadores, o trabalho de Fernando Diniz acabou sendo interrompido pelo Fluminense. Com isso, o clube foi ao mercado da bola e contratou Mano Menezes, um técnico reconhecido por armar times fortes defensivamente, antigo desafeto de Marcelo.

Chegada de Mano Menezes gera desconforto

Mano Menezes chegou com autonomia para reformular o elenco do Fluminense. A vontade dele é levada muito a sério por Mário Bittencourt. E quem não se adapta, não se dá muito bem. Com poucos dias de clube, o treinador dispensou jogadores, encabeçou as negociações para a contratação de outros, e conseguiu convencer o presidente a manter Renato Augusto.

A grande vítima foi o lateral-esquerdo Marcelo, que trabalhou com o treinador na Seleção Brasileira, desafeto antigo de Mano Menezes. O destino do jogador começou a ser traçado quando começou a ser ‘escanteado’, como se diz na gíria do futebol, pelo novo comandante tricolor.

Apesar da última colocação no Brasileirão, Mano Menezes não se furtou em barrar os medalhões. E Marcelo acabou sendo um deles. Desde então, o treinador passou a montar o time sem depender do defensor em campo. ‘Encostado’ por problemas musculares o camisa 12 viu Diogo Barbosa, Esquerdinha e Gabriel Fuentes passarem pelo setor.

Das 25 partidas do Fluminense sob o comando de Mano Menezes, o lateral-esquerdo foi relacionado em 13 oportunidades. Nesse meio tempo, acabou sendo substituído nas cinco vezes que iniciou os jogos como titular. Entretanto, após avaliação da comissão técnica, concluiu-se, que Marcelo só seria utilizado estando perto das condições físicas ideais.

Briga com técnico, rescisão e alívio financeiro

O auge da crise foi o desentendimento público com Mano Menezes. A Agência RTI Esporte ouviu de múltiplas fontes lateral-esquerdo “não gostou das instruções à beira do campo” e “quis queimá-lo” ao querer colocá-lo nos minutos finais da partida contra o Grêmio. Além disso, se queixou de toques do treinador em seu braço.

“Eu iria colocar Marcelo naquela hora, mas ouvi uma coisa que não gostei e mudei de ideia. Não é fácil entrar naquela hora do jogo, você sabe disso, é um fechamento do jogo. Ele, aliás, não estava entrando para resolver problema nenhum, ele estava entrando para manter aquilo que a gente estava tendo”, disse Mano Menezes durante entrevista coletiva.

Internamente o diagnóstico era Marcelo não demonstrava o mesmo foco de outrora. Aliado a isso, surgiu uma oportunidade de aliviar a folha salarial, uma necessidade, sobretudo, após eliminações na Copa Libertadores da América e na Copa do Brasil. O Fluminense deixará de gastar R$ 3 milhões com o restante do contrato, que ia até dezembro de 2024.

Outro motivo diz respeito ao desempenho do lateral. O entendimento é que o nível apresentado neste ano ficou aquém das expectativas. Com isso, as conversas encaminharam para um distrato imediato. Mário Bittencourt não estava disposto a liberá-lo inicialmente. No entanto, concluiu-se que a saída de Marcelo seria o melhor caminho os dois lados.

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