Brasil com e sem Casemiro: estatísticas revelam diferença e explicam volta à Amarelinha

Volante de 33 anos mostrou na prática por que Ancelotti o considera insubstituível no meio-campo da Seleção

Casemiro em seu último jogo pela Seleção Brasileira

A ausência de Casemiro sempre gera debate na Seleção Brasileira. Desde a Copa do Mundo de 2022, os números mostram como o volante influencia o rendimento da equipe. Com ele, o Brasil disputou nove jogos, venceu cinco (56%) e perdeu apenas dois (22%).

Assim, alcançou aproveitamento de 63%. Sem Casemiro, no entanto, o desempenho caiu: em 19 partidas, a Seleção venceu apenas sete (37%), perdeu cinco (26%) e registrou aproveitamento de 49,1%.

As estatísticas reforçam ainda mais essa diferença. Quando o camisa 5 esteve em campo, o Brasil marcou em média 1,77 gol por jogo e sofreu apenas 0,78. Sem sua presença, a produção ofensiva caiu para 1,47 gol, enquanto a defesa passou a ser vazada 1,26 vez por partida.

Além disso, até nas finalizações a Seleção apresentou queda: com Casemiro, arriscou 12,1 vezes por jogo e permitiu 6,3 chutes ao adversário. Já sem ele, os números mudaram para 12,8 finalizações a favor e 10,8 contra. Portanto, a diferença é clara.

Casemiro recebe elogios de Carlo Ancelotti

A posse de bola também ilustra o impacto: 63,3% com Casemiro, contra 58,4% sem sua participação. Carlo Ancelotti, técnico da Seleção, destacou esse peso, precisamente, antes da partida com a Bolívia, que o volante não pode disputar por estar suspenso devido à acumulação de amarelos.

“Não há um jogador brasileiro que tenha a mesma característica do Casemiro, mas há alguns que podem jogar nessa posição, com características diferentes, como Andrey Santos, como pode ser o Bruno [Guimarães], e eu acho também que, com características diferentes, porque não estou louco, Paquetá também pode jogar [nessa função], porque tem habilidade e características técnicas para pegar a bola muito bem desde trás”, afirmou o italiano.

O reencontro entre Casemiro e Ancelotti remete ao período em que trabalharam juntos no Real Madrid. Na Espanha, o volante conquistou títulos sendo peça-chave na proteção do meio-campo. No Brasil, a história de confiança se repete. Desde o retorno, Casemiro atua como titular absoluto, lidera dentro de campo e se projeta como um dos pilares da Amarelinha rumo à Copa do Mundo de 2026.

*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal

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