Bruno Henrique aproveitou a chance. Filipe Luís precisava rodar o elenco e chamou o camisa 27. Resultado: dois gols e atuação decisiva na vitória do Flamengo por 3 a 0 diante do Sport, pela Série A do Campeonato Brasileiro.
O atacante não marcava desde 26 de agosto, quando balançou a rede na goleada por 8 a 0 sobre o Vitória. Esse “doblete” também ainda não tinha aparecido para ele nesta edição do Brasileirão. Aliás, é sempre bom lembrar que Bruno Henrique começou a temporada com brilho intenso.
Na Supercopa do Brasil, diante do Botafogo, também marcou duas vezes e foi o herói do 3 a 1. Mesmo sem tanta minutagem em 2025, Bruno Henrique já soma 11 gols no ano. Com esse número, ele ultrapassa a soma das últimas quatro temporadas com a camisa rubro-negra.
Porém, continua muito longe do auge da carreira, que aconteceu em 2019: foram 35 gols e 15 assistências em 62 partidas.
Quantos “dobletes” tem o atacante na carreira?
Depois desse novo “bis”, Bruno Henrique chegou a 17 “dobletes” como profissional. Ao longo da carreira, esses jogos com dois gols foram se distribuindo de forma irregular, mas sempre marcando momentos fortes.
Em 2024, ele fez um “doblete” diante do Atlético-MG. Em 2021, foram três partidas nas quais marcou dois gols. Em 2020, voltou a repetir o feito em duas ocasiões. Anteriormente, em 2019, que foi a temporada mais avassaladora da carreira, Bruno Henrique somou sete “dobletes”, carregando o protagonismo técnico em quase todos os grandes jogos do Flamengo naquele ano.
A história começa ainda antes disso. No Santos, em 2017, já tinha marcado dois gols numa mesma partida. E o primeiro de todos foi com a camisa do Goiás, em 2015, diante do Athletico-PR, no dia 16 de maio, um jogo que o próprio atleta certamente recordará como o início do caminho para se afirmar.
Mesmo agora, num período de protagonismo menos constante e com minutagem mais baixa, Bruno Henrique mostra que, quando é acionado, ainda consegue mudar o rumo de uma partida. É experiência, leitura e faro de gol e isso continua fazendo diferença.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal
