Cariocão 2026: clubes de menor investimento já definiram técnicos

Equipes fora do eixo dos grandes apostam em continuidade, conhecimento local e treinadores experientes

Cariocão 2026: clubes de menor investimento já definiram técnicos

Antes mesmo de os grandes do Rio acelerarem suas decisões para 2026, os clubes de menor investimento do Campeonato Carioca já começaram a desenhar seus projetos. O calendário curto exige resultado imediato em meio as disparidades financeiras.

A movimentação revela, por exemplo, uma lógica distinta daquela adotada por Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco. Enquanto os grandes tendem a postergar a estreia dos principais jogadores, os clubes do chamado “segundo pelotão” precisam ganhar tempo.

O Cariocão 2026, para eles, não é apenas vitrine, mas também fonte de sobrevivência esportiva e financeira. Definir o treinador cedo significa planejar elenco, modelo de jogo e preparação com margem mínima para erro.

Nesse contexto, o Bangu confirmou Flávio Tinoco, nome experiente no cenário carioca. O ex-zagueiro do Fluminense, que soma passagens por América, Americano, Duque de Caxias, tem como marca trabalhos de organização defensiva e competitividade.

O Boavista apostou em Gilson Kleina para o Cariocão 2026. Ex-Palmeiras, Bahia, Chapecoense, o treinador tem perfil exigente. No Madureira, a escolha por Felipe Surian, ex-Sampaio Corrêa e Volta Redonda, acontece pela experiência em trabalhar com categorias de base.

A Portuguesa optou pela permanência de Alex Nascif, vencedor da Copa Rio, que teve o contrato renovado para 2026. Por outro lado, Maricá confirmou Reinaldo Oliveira, atacante multicampeão pelo Flamengo, técnico ligado a processos de formação e construção gradual.

O Nova Iguaçu, finalista do Campeonato Carioca de 2024, manteve a lógica de estabilidade com Carlos Vitor. O Sampaio Corrêa optou por Alfredo Sampaio, ex-Vasco e Avaí, nome com grande identificação com o futebol carioca.

Por fim, o Volta Redonda definiu Rodrigo Santana, que liderou o Clube do Remo no acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2024, reforçando uma estratégia de recuperar prestígio no cenário nacional.

Entre sobrevivência e estratégia

Mais do que escolhas isoladas, o movimento indica uma leitura coletiva do campeonato. Esses clubes sabem que dificilmente disputarão o Cariocão no talento individual, mas podem equilibrar forças com organização, continuidade e conhecimento do contexto local.

Ao antecipar decisões, tentam reduzir a distância estrutural que os separa dos grandes e transformar o Estadual em um torneio menos previsível, onde planejamento ainda pode pesar mais do que orçamento.

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