Foto: Rodrigo Coca/ Corinthians
Antes de tudo, a instabilidade política no Corinthians atingiu novo ápice neste sábado (31), quando a conselheira Maria Angela Ocampos se declarou presidente do Conselho Deliberativo e anulou os efeitos do impeachment de Augusto Melo. A aliada do dirigente se baseia em decisão da Comissão de Ética que, segundo ela, afastou Romeu Tuma Júnior da presidência do órgão desde abril.
A movimentação surpreendeu a diretoria interina. Augusto Melo, afastado na última segunda-feira (26) após votação no Conselho, entrou na sede social do Parque São Jorge ao lado de aliados para reassumir a presidência. No entanto, encontrou resistência de Osmar Stabile, vice que ocupa o cargo desde a destituição e se recusou a deixar a sala da presidência.
Maria Angela afirma que a ordem para afastar Tuma Júnior foi determinada em 9 de abril e oficializada apenas nesta sexta-feira (30), em ofício assinado pelo conselheiro Mário Mello, relator do processo na Comissão de Ética. Ela sustenta que, na ausência do vice-presidente do Conselho, que está licenciado por motivo de saúde, cabe a ela a sucessão no comando do órgão.
Em novo despacho, Maria Angela anulou todos os atos de Tuma desde o afastamento e determinou o retorno imediato de Augusto Melo ao cargo. Segundo ela, o Conselho deveria aguardar o fim do inquérito policial antes de julgar definitivamente o caso. Ela considerou inválida a votação do dia 26, que aprovou o impeachment.
A resposta de Romeu Tuma Júnior foi dura. Em nota oficial, ele chamou a medida de “tentativa de golpe institucional” e classificou os conselheiros envolvidos como “baderneiros” e “lunáticos”. Disse ainda que a Justiça já havia validado seu mandato e o afastamento legítimo de Augusto. “Golpistas não passarão”, declarou.
Por sua parte, Tuma argumenta que seu afastamento não tem amparo no estatuto do clube e que decisões da Comissão de Ética não substituem deliberações do plenário. A defesa dele, no processo interno, reforça que não houve justa causa e que a punição cautelar seria inválida. Apenas um dos quatro conselheiros da Comissão votou contra a medida.
O conflito interno expõe o racha político no clube. Na votação de segunda-feira, 176 conselheiros apoiaram o impeachment de Augusto, enquanto 57 se posicionaram contra. Para valer de forma definitiva, os sócios ainda precisam ratificar a decisão em assembleia geral, convocada por Tuma para 9 de agosto.
Enquanto isso, a disputa pelo poder amplia a tensão nos bastidores. Osmar Stabile permanece como presidente interino e prepara recurso à Justiça para barrar o retorno de Augusto. A oposição, por sua vez, intensifica a articulação com conselheiros e sócios para derrubar o processo.
O caso reacende críticas à condução política do clube. As autoridades investigam Augusto Melo por suspeitas de corrupção e apropriação indevida de recursos. Já conselheiros acusam Romeu Tuma Júnior de parcialidade e de atuar para proteger interesses próprios, além de desgastar a imagem do Corinthians com falas públicas.
Em suma, em meio ao impasse jurídico e político, o cenário no Parque São Jorge segue indefinido. A crise escancara fragilidades na governança alvinegra e aponta para um futuro incerto, com risco de novos embates até a decisão final dos associados.
Notícia atualizada em 31/05/2025 23:16
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