Inicialmente, o Botafogo dominou o Vitória no Estádio Nilton Santos, na noite desta quarta-feira, 16, mas não conseguiu balançar as redes. O time carioca criou boas oportunidades, acertou duas vezes a trave e parou em defesas seguras do goleiro Lucas Arcanjo. Apesar do 0 a 0, a atuação agradou ao técnico Davide Ancelotti, que fez sua estreia oficial no comando da equipe.
“Gostei da primeira parte do jogo. Começamos com ritmo, conseguimos colocar a bola na área, ganhar a segunda bola e evitar as transições do Vitória. Na segunda parte, começamos bem também, mas perdemos um pouco do ritmo. Ainda assim, estou feliz com a atuação do time”, avaliou o italiano.
Sobre a despedida de Gregore, Ancelotti lamentou a saída e explicou a escolha por escalar Allan como titular: “Queríamos nos despedir do Gregore com vitória. Ele é muito querido aqui. Escalei o Allan porque o Gregore viveu dias turbulentos e o Allan estava mais preparado. Já trabalhei com ele e sabia que poderia cumprir bem a função tática na direita”, explicou.
O que faltou ao Botafogo para ganhar o jogo?
Diante das 23 finalizações e das chances criadas, o técnico viu mérito do adversário, mas admitiu frustração: “Faltou um pouco de sorte, o goleiro deles foi bem, mas também precisamos melhorar. Fizemos o suficiente para ganhar, mas o futebol é assim. Amanhã é outro dia e temos que seguir”, resumiu Davide.
Questionado sobre o desempenho ofensivo, especialmente pelos lados, ele reconheceu a queda de rendimento na etapa final: “Queríamos usar bem os corredores e cruzar com os pontas de perna trocada. No segundo tempo, faltou paciência. Forçamos o jogo por dentro, mas precisávamos rodar mais a bola e manter a cabeça fria até o fim. Tivemos chance no último lance com o Cuiabano, mas não entrou”, lamentou.
Sobre a adaptação ao elenco e ao futebol brasileiro, Ancelotti apontou o pouco tempo de treinos e a necessidade de conhecer os jogadores nos jogos: “Estou aqui há pouco tempo. Vou aproveitar cada partida para conhecer os atletas. Todos treinam bem, e todos terão oportunidades. Precisamos encontrar os melhores encaixes dentro das características que temos”, concluiu.
O treinador também falou sobre Arthur Cabral, que parou na trave e teve boa movimentação: “Foi um jogo em que queríamos jogar para ele. Precisamos entender melhor suas características. Os companheiros ainda estão se adaptando a isso, e ele também. Temos que criar situações que o favoreçam, inclusive na retenção de bola na frente”, pontuou.
Por fim, Ancelotti comentou a dificuldade de trabalhar com o elenco em meio à janela de transferências: “É um desafio”. O mercado fecha no fim de agosto até lá, a diretoria vai buscar reforços pontuais. O próximo jogo do Botafogo é contra o Sport, domingo, 20, na Ilha do Retiro.




