Especialista em segurança pública condena ação da PM de Minas Gerais durante final da Copa do Brasil: “Abuso de autoridade”

Foto: Reprodução / Twitter

A cenas de barbárie vistas na Arena MRV, no domingo (10), após a final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Flamengo, levaram a interdição da casa do Galo. No entanto, as ações violentas começaram antes mesmo do início da partida. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os rubro-negros sendo agredidos por policiais militares de Minas Gerais, na fila de acesso ao estádio. Já nos túneis que levam às arquibancadas, inúmeros torcedores tentam se proteger dos efeitos do gás de pimenta lançado.

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Em entrevista exclusiva a Agência RTI Esporte, o delegado da Polícia Federal aposentado Joe Satow condenou a ação dos policiais militares mineiros contra os torcedores do Flamengo, na final da Copa do Brasil. Na visão dele, os agentes da segurança estadual cometeram abuso de autoridade, durante a entrada dos rubro-negros na Arena MRV.

“Para mim, tem crime de abuso de autoridade, ainda que tenha que se analisar todo o contexto (das imagens). A polícia agiu com extrema truculência e de forma desnecessária. O torcedor agredido com o cacetete, não está em postura agressiva. Ele não está colocando ninguém em perigo e nem desacatando a autoridade policial”, afirmou o especialista em segurança pública.

Questionado sobre a ação da torcida do Atlético-MG em lançar bombas no gramado, Joe Satow comentou sobre a necessidade de identificar e criminalizar o indivíduo. Além disso, ressaltou que as organizadas do Galo não podem ser responsabilizadas criminalmente.

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“A torcida organizada só pode ser responsabilizada civilmente, mas não criminalmente. Entre as punições aplicadas estão indenizações por danos materiais e morais. Podem ser suspensas, também, de frequentar os estádios e multada junto com o clube. Nesse caso, o dinheiro vai para o Estado”, declarou Joe Satow.

Por fim, Joe elogiou a rapidez e a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva em analisar o pedido dos procuradores e decidir pela interdição da Arena MRV. Segundo delegado aposentado, a entidade “fez certo” em tomar esta medida.