Foto: Marcelo Gonçalves/ Fluminense
Antes de mais nada, após o anúncio da demissão do agora ex-técnico Mano Menezes, o Fluminense já começa a movimentação nos bastidores na busca por um novo comandante. Num primeiro momento, conforme anunciado pelo clube, Marcão será o treinador interino, já que faz parte da comissão permanente do Tricolor Carioca. Contudo, alguns nomes já começam a ser debatidos internamente e dois deles tem força nos bastidores: Fernando Diniz e Renato Gaúcho.
A Agência RTI Esporte traz um panorama sobre os aspectos que pesam a favor e contra os dois treinadores para assumirem o cargo no Fluminense. Além disso, a reportagem apurou sobre a possibilidade de um técnico estrangeiro para comandar o Tricolor Carioca.
Campeão Carioca, da Copa Libertadores da América – ambos em 2023 – e da Recopa Sul-Americana 2024, Fernando Diniz é um nome que agrada o presidente Mário Bittencourt. O treinador deixou o cargo em junho do ano passado, após a sequência de maus resultados no Campeonato Brasileiro e a lanterna da competição. Além disso, o estilo “teimoso” pesa contra um possível retorno.
Por outro lado, além do aval do dirigente, parte da torcida apoia o retorno do técnico. Vale ressaltar ainda que a a Agência RTI Esporte apurou que Fernando Diniz voltou a morar no Rio de Janeiro, após deixar o Cruzeiro. Dessa forma, um possível retorno ao Fluminense não demandaria uma mudança para o treinador. Quanto ao elenco, ele é querido pelos jogadores e, também, pelos funcionários do clube, além de já ter identificação com o Tricolor Carioca.
Renato Gaúcho é um velho conhecido da torcida do Fluminense e está sem clube desde que deixou o Grêmio, no fim do ano passado. Com três passagens pelo Tricolor Carioca, o treinador foi vice-campeão da Copa Libertadores da América, em 2008, e já trabalhou com o zagueiro Thiago Silva, que está no atual elenco.
Visto com frequência na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, Renato Gaúcho gosta da cidade. Além disso, tem o apoio dos torcedores do Fluminense por um possível retorno ao clube. O que pesa a favor, ainda, é a qualidade técnica do treinador, que já conquistou a Copa Libertadores e a Copa do Brasil (duas vezes), comandando o Imortal.
Por outro lado, uma questão política do clube é o ponto contra a sua eventual vinda. Em novembro de 2019, o presidente Mário Bittencourt – em seu primeiro mandato – afastou o então vice-presidente do clube e diretor de futebol, Celso Barros, da segunda função. E onde entra Renato Gaúcho nessa história? O treinador é amigo próximo do ex-presidente da Unimed. Dessa forma, o aceite do comandante para assumir o Fluminense poderia indicar uma “traição” de Renato Gaúcho ao ex-dirigente.
Na linha de plano da diretor tricolor, a chegada de um treinador estrangeiro não está descartada, apesar de não ser prioridade. O presidente Mário Bittencourt, em diversos momentos, já falou sobre a possibilidade de trazer um profissional de fora do Brasil para o Fluminense. Contudo, o dirigente pontuou que a essa escolha deve estar pautada no conhecimento do trabalho desse técnico.
“Por que eu não gostaria de um treinador só porque ele é estrangeiro? Eu tenho um colombiano jogando aqui, um argentino, tenho uma série de estrangeiros jogando aqui no Fluminense. O que eu acho sobre treinador estrangeiro é que vale a pena você contratar se você conhece o trabalho, e que tipo de trabalho ele fez. Se eu tiver a oportunidade, um dia eu gostaria de trabalhar com o Luís Castro, com o Abel Ferreira ou o Vojvoda”, afirmou Mário Bittencourt, em entrevista coletiva no ano passado.
Notícia atualizada em 30/03/2025 13:47
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