Antes de mais nada, o Flamengo é a força dominante do futebol latino-americano no quesito progressão: segundo estudo do CIES (Centro Internacional de Estudos Esportivos), o clube carioca lidera com 122,2 passes em jogo aberto que chegam a um companheiro no terço final por 90 minutos.
Além disso, o levantamento aponta quais equipes mais abastecem o setor ofensivo com regularidade. Em segundo aparece o Cruz Azul (105,8), seguido pelo Deportivo Saprissa (103,0) e pelo Chivas Guadalajara (102,4). Assim, México e Costa Rica marcam presença entre os mais eficientes.
Por outro lado, o Brasil mantém três clubes no top 10: Flamengo, Bahia (94,3) e Vasco (90,7), evidenciando profundidade tática nas principais ligas da região. O comparativo também destaca a LDU Quito e o Monterrey, ambos com 93,2 passes úteis por 90 minutos.
Em seguida, Universidad de Chile (89,7) e Colo-Colo (89,5) fecham a lista, mostrando que o futebol andino conserva tradição na circulação ofensiva. Ademais, os números do CIES e da Impect reforçam uma tendência: times que controlam o terço final criam mais situações de perigo.
Para treinadores, scouts e analistas, o dado é estratégico: permite comparar estilos, ajustar rotinas de treino e priorizar movimentos que favoreçam penetração no último terço.
Flamengo de Filipe Luís já ultrapassou os 100 gols em 2025
A metodologia avalia passes em jogo aberto que efetivamente alcançam um colega no terço final do campo, por 90 minutos. Portanto, trata-se de um indicador direto de controle territorial e intenção ofensiva, não apenas de posse, por parte do time comandado por Filipe Luís. Logo, equipes com números elevados tendem a dominar transições, explorar flancos e criar mais oportunidades.
Ainda mais, o Rubro-Negro já ultrapassou os 100 gols marcados em 2025 e isso é um sinal evidente de que tem o gol sempre em mente. Filipe Luís comandou o Mengão em 53 partidas com 35 vitórias, 11 empates e sete derrotas. Nesse período, o Fla marcou 101 gols e apenas sofreu 31 tentos.
Por fim, a lista confirma que o investimento em circulação e triangulações é peça-chave para quem quer mandar no jogo e transformar domínio em gol. Nas próximas competições continentais, será interessante observar se esses números se traduzem em títulos e se o domínio no terço final vira vantagem decisiva.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal
