O preço declarado pelo Fluminense para vender John Kennedy está muito acima do que os clubes no mercado da bola estão dispostos a oferecer. A situação vem irritando o estafe do jogador que tenta intermediar uma ida dele para a Europa.

A Agência RTI Esporte apurou que o Fluminense recusou abrir negociações com o Auxerre, da França, por 2,5 milhões de euros (R$ 13,8 milhões, na cotação atual). Os franceses desejavam adquirir 50% dos direitos econômicos do camisa 9.

A diretoria tricolor entende que o montante oferecido está abaixo do que o clube deseja receber pelo atleta. O Fluminense comunicou a empresários, representantes e intermediários do mercado da bola que o preço de John Kennedy é de 10 milhões de euros (R$ 55,5 milhões).

As conversas que o clube teve recentemente com FK Krasnodar, da Rússia e Shakthar Donetsk, da Ucrânia, foram mais ou menos nessa faixa. Apesar disso, o Fluminense não abriu conversas a fim de conseguir uma negociação por cifras ainda maiores.

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A ideia do Fluminense, neste caso, seria negociar 80% dos direitos econômicos para ficar com 20% pensando numa negociação futura. Os parâmetros, por ora, estão fora do alcance do Auxerre que pretende voltar com uma contraproposta.

Ainda segundo apurou a reportagem, Giuliano Bertolucci, da Bertolucci Sports, está tentando levar John Kennedy para centros mais competitivos da Europa. O agente tem grande entrada nos bastidores de clubes da Espanha, Inglaterra e Itália.

O ítalo-brasileiro intermediou boa parte dos principais negócios tricolores no mercado da bola nos últimos anos, como as vendas de Metinho e Kayky para o Manchester City, da Inglaterra e, principalmente, do zagueiro Nino com o Zenit, da Rússia.

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No entanto, o Giuliano Bertolucci vem encontrando dificuldades para abrir portas devido a baixa minutagem de John Kennedy nesta temporada. Ao todo, o jogador de 22 anos disputou 10 partidas, marcou um gol e totalizou 443 minutos em campo com a camisa tricolor.

Na última semana, o empresário procurou o Fluminense com autorização do Auxerre para abrir conversas. A diretoria tricolor sabe dessa negociação há semanas e, inclusive, chegou a citá-la durante reuniões para reintegração do jogador.

O clube avisou que não estava interessado a realizar negociações nesses parâmetros econômicos. Segundo pessoas próximas a John Kennedy, o desejo dele em atuar na Europa tem aumentado consideravelmente, inclusive por causa da falta de oportunidades no time.

Em janeiro deste ano, com possibilidade real de negociá-lo com o Crystal Palace, da Inglaterra e Shakthar Donetsk, da Ucrânia, o Fluminense fez contas e entendeu que ganharia mais dinheiro na janela de transferência de junho com a venda do centroavante.