Antes de tudo, a possibilidade de saída de Gerson para o Zenit causou grande repercussão entre os torcedores do Flamengo. O AeroFla da última quarta-feira, 11, foi marcado por protestos contra o camisa 8. Nesse sentido, em um gesto simbólico, até notas falsas com a imagem do jogador circularam entre os rubro-negros, como forma de demonstrar insatisfação com o rumo das negociações.
Na tarde desta quinta-feira, 12, o diretor de futebol José Boto concedeu entrevista coletiva nos Estados Unidos. O português, antes mesmo de responder a qualquer pergunta sobre o Mundial de Clubes, fez questão de se pronunciar sobre o caso. Segundo ele, o Flamengo não trata com nenhum clube interessado no volante.
“O Gerson é jogador do Flamengo, profissional do Flamengo, com todos os direitos e deveres. Não existe qualquer tipo de negociação nossa com outro clube. Qualquer proposta é rejeitada. Quem quiser o Gerson sabe o que tem que fazer”, declarou o dirigente.
Na sequência, Boto negou que a reunião com Marcos Silva, pai do atleta, tenha selado uma eventual transferência. “Não podemos tomar decisão com base em achismos. Ele é jogador do Flamengo. Está motivado para jogar o Mundial. Se vai jogar ou não, é decisão do técnico. Ele está aqui como os outros 30 que estão aqui”, concluiu.
Gerson vai ou não vai deixar o Flamengo após o Mundial?
Apesar da fala pública do executivo, a movimentação para uma possível saída continua nos bastidores. Conforme apurou a Agência RTI Esporte, foi o próprio Marcão quem procurou representantes do Zenit, alimentando o desejo de ver o filho atuando no futebol do Leste Europeu.
Em suma, o desconforto interno gerado pela situação levou o clube a tomar uma medida concreta: Gerson perdeu a braçadeira de capitão. Após consulta à comissão técnica, a responsabilidade passou para Giorgian De Arrascaeta. A escolha levou em conta aspectos técnicos, táticos e, sobretudo, comportamentais, fatores essenciais para a função durantes as partidas de futebol.
