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Marcelo Buarque reclama da desigualdade entre treinadores brasileiros e estrangeiros

O técnico Marcelo Buarque tem uma grande experiência dentro do futebol principalmente comandando equipes do Rio de Janeiro. Apesar de seu trabalho reconhecido, o treinador tem encontrado dificuldades para se recolocar no mercado ou mesmo ter chance em grandes clubes do futebol brasileiro.

Durante entrevista ao canal “RTI Esporte”, no YouTube, Marcelo Buarque fez uma leitura do que vem observando hoje dentro do mercado de treinadores do Brasil e destacou os principais obstáculos. Além disso, Marcelo Buarque também falou da diferença de tratamento dada aos treinadores estrangeiros.

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“O mercado no Brasil mudou. Falo muito que é a síndrome da manada. Deu certo com o Jorge Jesus e parece que tudo que é bom vem de Portugal. Eu acho que os clubes estão perdidos em termos de processo e escolha de treinadores. Os dirigentes saem de casa para comprar uma banana e voltam com alface achando que é a mesma coisa. Quando você está no clube, não há uma segurança. Alguns atletas são ligados à parte afetiva e, quando você mexe com esse jogador, sua permanência fica difícil”, disse Marcelo Buarque, que seguiu falando sobre a falta de valorização no país:

“Curioso que a CBF tem um curso que chancela os nossos treinadores, mas a quantidade de treinadores que está vindo de fora é muito maior. Não sou contra, já trabalhei fora do país e fui muito bem recebido. A questão é que, para eu trabalhar na Europa, preciso da chancela, mas quando os estrangeiros vêm pra cá, não precisam de autorização da CBF. Eu acho que precisam fazer o curso que fiz e que muitos treinadores estão fazendo. Fica desigual”, completou o treinador.

Marcelo Buarque critica falta de clareza dos dirigentes

Para Marcelo Buarque, esse tipo de diferença no tratamento acaba gerando uma concorrência desleal aos treinadores brasileiros que se especializaram e desenvolveram para exercerem seus trabalhos.

O treinador concorda com uma troca de experiência entre profissionais das mais variadas nacionalidades, mas acredita que os brasileiros também precisam ter um respaldo maior fora do Brasil. Além disso, Marcelo Buarque citou a falta de clareza nas escolhas dos dirigentes.

“Há uma briga para validar a nossa licença lá fora, mas isso não tem avançado. O mercado ficou perdido e os dirigentes continuam perdidos, como na maioria sempre foram. Não sabem o que você está fazendo e como está fazendo. A maneira mais simples é trocar até que alguém dê certo, mas não há convicção nas escolhas. Quando você vê as escolhas, são perfis de treinadores completamente diferentes. Então a gente fica tentando alguém, conversando para tentar voltar ao mercado e trabalhar”, finalizou Marcelo Buarque.

O último trabalho do treinador foi em 2022, quando ele comandou o Maricá. Marcelo Buarque também tem passagem pelo sub-20 do Flamengo, clube que também defendeu em seu período como jogador.

ASSISTA A ENTREVISTA DE MARCELO BUARQUE NO RTI ESPORTE!

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