Marcelo Rospide revela diferença de tratamento entre treinadores brasileiros e estrangeiros
Atualmente no futebol da Indonésia, aonde comanda o Persik Kediri, da Indonésia, o brasileiro Marcelo Rospide concedeu uma entrevista exclusiva ao canal “RTI Esporte“, no YouTube, e falou sobre a diferença de tratamento entre os técnicos brasileiros e estrangeiros no Brasil.
De acordo com o profissional, essa é uma das maiores dificuldades encontradas por brasileiros quando atuam no país. Para Marcelo Rospide, a paciência de dirigentes com técnicos estrangeiros tende a ser muito maior do que com relação aos brasileiros.
“No Brasil enfrentamos a seguinte dificuldade. Se o treinador é estrangeiro, a paciência em relação aos resultados é muito maior. Quando falamos de treinadores mais conhecidos, se não der logo um resultado, a tendência é a demissão logo cedo. Assim, muitas vezes os treinadores não querem arriscar”, afirmou Marcelo Rospide, que disse ainda que muitos treinadores são contratados sem o devido conhecimento por parte das diretorias.
“Isso passa pela filosofia dos clubes e da formação dos dirigentes. Muitas vezes o treinador é contratado, mas os dirigentes não sabem qual é o modelo de trabalho, as características de jogo, os atletas que gostaria de trabalhar e a metodologia que ele usa. O conhecimento vem durante o trabalho e as consequências que isso traz são muito ruins”, finalizou o treinador.
No Brasil, Marcelo Rospide foi auxiliar técnico em clubes como Grêmio, Ceará e Vitória. Nesse ínterim, integrou a comissão técnica de profissionais como Celso Roth, Paulo Autuori, Osmar Loss e Lisca. Além do futebol da Indonésia, ele também trabalhou na China, aonde comandou o Meizhou Hakka.