Mundial de Clubes: Times sul-americanos só venceram um dos últimos 10 confrontos contra europeus Corinthians é o único sul-americano a bater um europeu nos últimos dez confrontos de Mundial. Hoje há novo duelo: Benfica x Boca Juniors

Antes de mais nada, o domínio europeu sobre os sul-americanos no Mundial de Clubes tem sido avassalador. Nos últimos dez confrontos diretos entre equipes dos dois continentes, os clubes da América do Sul venceram apenas uma vez: o Corinthians, em 2012, contra o Chelsea, por 1 a 0.
De lá para cá, são nove derrotas e nenhum gol marcado em seis dessas partidas. A série começou em 2009, com o Estudiantes perdendo por 2 a 1 para o Barcelona. Desde então, potências como Santos, River Plate, Grêmio, Flamengo, Palmeiras e Fluminense também fracassaram.
Eles caíram diante de gigantes como Real Madrid, Liverpool, Manchester City e o próprio Barça. A média de gols sofridos por sul-americanos nesses duelos é alta: 2,2 por jogo. Por exemplo, o caso mais recente foi o empate entre Palmeiras e Porto por 0 a 0. Ainda que tenha interrompido a série de derrotas, o resultado manteve a seca de vitórias — e de gols — contra os europeus.
Benfica e Boca Juniors medem forças no Grupo C
Hoje, mais uma oportunidade surge para reverter essa tendência: Benfica x Boca Juniors, no encerramento da segunda rodada do Grupo C. O time argentino entra em campo pressionado e ciente de que precisa superar uma barreira histórica para manter viva a tradição continental.
Por exemplo, nos últimos encontros, os jogos entre os dois terminaram empatados (1 a 1). Porém, o Benfica, após terem perdido o campeonato e a Taça de Portugal para o Sporting, vão tentar dar uma alegria aos torcedores. A meta será que essa alegria se traduza num bom desempenho no Super Mundial de Clubes que acontece nos Estados Unidos.
Enquanto isso, os clubes europeus seguem impondo um futebol cada vez mais coletivo, tático e vertical. A diferença estrutural pesa, mas a mística sul-americana ainda vive — mesmo que por um fio nos confrontos diretos entre os dois continentes.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal