Panela de pressão: Flamengo terá semana decisiva que pode gerar mudanças profundas
Bastou ser derrotado pelo Peñarol pela Copa Libertadores da América para o Flamengo virar uma panela de pressão. A expectativa de conseguir uma vantagem no primeiro jogo das quartas de final teve o mesmo tamanho das cobranças que se acumulam pela falta de resultados convincentes nesta temporada.
A Agência RTI Esporte apurou vários fatores colocam o clube sob tensão nos mais diversos setores e uma nova derrota para o clube uruguaio pode sacramentar uma dança das cadeiras. E não são apenas mudanças no elenco ou comissão técnica. Serão mexidas mais profundas. O departamento de futebol encara um momento de instabilidade interna.
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Os bastidores apontam, por mais que isso seja negado publicamente por quem comanda a pasta, um quadro de muita crítica, cobranças internas e ânsia por mudança imediata. Uma vitória por dois ou mais gols de diferença sobre o Peñarol pode estancar momentaneamente a crise dentro do clube.
Mas o contrário, ser eliminado da Copa Libertadores da América, tende a desencadear uma crise sem precedentes. Com o fraco rendimento no Campeonato Brasileiro, o Flamengo terá de vencer a todo custo a Copa do Brasil para salvar a temporada de 2024. Quem sofre com a pressão dos insucessos do time é o chefe do departamento médico Márcio Tannure. Seu trabalho é criticado abertamente por pessoas próximas ao presidente Rodolfo Landim.
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Ainda segundo apurou a reportagem, dirigentes próximos ao mandatário rubro-negro querem que Márcio Tannure se pronuncie publicamente sobre as seguidas lesões dos principais jogadores do Flamengo. O elenco sofre com um surto de problemas musculares. Nesta temporada, por exemplo, Guillermo Varela, Erick Pulgar, Nicolás De La Cruz e, principalmente, Giorgian De Arrascaeta, foram os mais afetados.
O motivo da reclamação sobre o comando do departamento médico se dá porque, o alto comando rubro-negro já não suporta mais ouvir as mesmas explicações atribuindo ao ‘calendário desumano’, ‘seguidas viagens’, ‘logística apertada’, ‘gramado artificial’ e a ‘falta de descanso’ à ausência de um futebol vistoso por parte da equipe mais cara do Brasil em 2024. Por isso, até mesmo o departamento médico pode ser alterado em caso de insucesso.
Tite com discurso esvaziado
A torcida, por outro lado, é impaciente. A pressão pelo jejum de títulos atinge até o técnico Tite. As explicações e frases de efeito do treinador após os jogos são vistas como ‘bengalas’ para sustentar uma narrativa que ele tenta, sem sucesso, emplacar junto aos dirigentes e, principalmente, torcedores rubro-negros.
Ao fim do jogo contra o Peñarol, muitas vaias. A torcida, por vezes, critica Tite pela insistência com alguns jogadores, decisões erradas durante as partidas e a permanência no mesmo estilo de jogo mesmo quando este se mostra ineficiente. Não seria surpresa uma mudança no comando técnico em caso de derrota, mesmo que o alto comando rubro-negro rejeite isso aos microfones.
Treinador e Gabigol em lados opostos
A política de contratações do Flamengo não mudou em nada do ano passado para este. O clube investiu pesado em grandes reforços como Léo Ortiz, Matías Viña, Carlos Alcaraz, Nicolas De La Cruz e Gonzalo Plata. O valor mais baixo foi empenhado em Carlinhos, que se destacou pelo Nova Iguaçu no Campeonato Carioca, mas que ainda não deu o retorno esperado pela comissão.
Enquanto isso, o atacante Gabriel Barbosa, símbolo de uma era vencedora no clube, não consegue atuar regularmente e Bruno Henrique tem jogado como centroavante desde a lesão que afastou Pedro dos gramados até 2025.
Internamente há o consenso de que o ciclo de Gabigol já chegou ao fim no Flamengo. Apesar da desmotivação e falta de empenho nos treinamentos, a diretoria não pensa em afastá-lo ou rescindir seu contrato faltando poucos meses para o fim da temporada.
Relação com a torcida azedou
A torcida do Flamengo não está nada contente. Já protestou atirando pipoca nos jogadores antes de um treinamento no Centro de Treinamento George Helal. Além disso, marcaram presença em um desembarque da delegação no Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Atualmente, a relação é a pior possível com os torcedores. Por mais que os jogos estejam lotados no Maracanã, a tendência é que as cobranças, vaias e xingamentos subam de tom ainda mais por causa do desempenho do time em 2024.
