Paris 2024: Caio Bonfim comenta sobre importância da família até a conquista da medalha de prata

Atleta da marcha atlética, Caio Bonfim é dono do melhor resultado do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos. Depois de chegar na quarta colocação nas Olimpíadas do Rio, em 2016, ele conquistou a prata em Paris, na prova dos 20 Km. Em entrevista coletiva concedida na Casa Brasil, espaço montado pelo COB na capital francesa, o marchador falou sobre a importância da família nessa trajetória no esporte.

“Meu pai montou uma equipe de atletismo numa escola em Brasília. De lá saíram alguns atletas, que anos depois disputaram edições dos Jogos Olímpicos. Nessa escola, ele conheceu minha mãe, Gianetti Bonfim, que se tornou a primeira marchadora do Brasil. Por causa deles, eu comecei na marcha atlética e, ao longo de todo esse tempo no esporte, a minha mãe é a minha técnica”, contou Caio Bonfim.

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Aos 33 anos, Caio chegou a sua quarta edição de Jogos Olímpicos (Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024). Em uma modalidade de baixo investimento e de pouco conhecimento do público, o atleta relatou a série de preconceitos pelos quais passou ao longo dos anos. Ele disse ainda que a mudança no comportamento das pessoas veio a partir dos resultados conquistados.

“Os Jogos do Rio, em 2016, foram o divisor de águas em relação ao preconceito das pessoas em relação a mim, principalmente durante os treinos. Às vezes, eu treinava na rua e sempre passava um carro que buzinava pra me assustar e depois falava: ‘Para de rebolar’. Depois das Olimpíadas no Rio, as pessoas continuavam buzinando quando me viam treinar na rua, mas o som já era diferente, era de apoio. E o pessoal gritava: ‘Vamos, campeão!'”, declarou o medalhista olímpico.

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Em Paris, Caio Bonfim disputou duas provas da marcha atlética. No individual masculino, conquistou a medalha de prata no percurso de 20 Km. No revezamento misto com Viviane Lyra, a dupla chegou na sétima colocação. Ao todo, o atleta percorreu mais de 42 Km, o equivalente a uma corrida de maratona.

(*) Lucas Maciel, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Paris