Ronaldo retira candidatura à presidência da CBF e expõe federações estaduais

O ex-atacante Ronaldo Fenômeno, que conquistou os títulos da Copa do Mundo de 1994 e 2002 com a Seleção Brasileira, aparecia como um dos candidatos à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No entanto, comunicou, nesta quarta-feira, 12, que retirou oficialmente a sua candidatura.
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Em nota, Ronaldo afirmou que não recebeu apoio das federações estaduais, que nem quiseram ouvir o seu projeto. Assim, Ronaldo lamentou o sistema interno da CBF, que não permite espaço para novas ideias e debates.
Atualmente, o cargo de presidente da CBF é ocupado por Ednaldo Rodrigues, que tem mandato válido até março de 2026. Assim, a tendência é que a entidade realize novas eleições nos próximos meses, mas, até o momento, não existe candidato de oposição.
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Ainda com base nas palavras de Ronaldo, 23 das 27 federações estaduais sequer quiseram ouvir o seu projeto e fecharam as portas. A Federação Paulista foi uma das poucas que receberam Ronaldo para uma reunião, mas federações como Amapá, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro nem responderam o contato.
Aquelas que retornaram o contato de Ronaldo mostraram total apoio a Ednaldo Rodrigues, o que inviabiliza por completo a candidatura do ex-jogador. Assim, com Ronaldo fora, a CBF deve manter a linha de gestão nos próximos anos.
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Veja a publicação de Ronaldo:
Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.