Vasco: Como andam os clubes da 777 Partners nessa temporada?

Empresa que comprou a SAF do Vasco em 2022, a 777 Partners comanda também outros clubes pelo mundo. Atualmente, seu grupo esportivo conta com o comando parcial ou total de outras quatro equipes de futebol: o Standard Liège, da Bélgica, o Red Star FC, da França, Melbourne Victory, da Austrália e Sevilla, da Espanha.
A torcida vascaína, no entanto, esperava que um grande investimento fosse feito na contratação de grandes joagdores. Porém, a empresa não conseguiu entregar aquilo que prometeu. Desde a conclusão da compra da SAF, em 2 de setembro de 2022, a 777 contratou o francês Dimitri Payet para ser a cara do projeto no Brasil.
Além do Vasco, o fundo norte-americano possui participação majoritária em outros seis clubes ao redor do mundo e está próximo de adquirir o Everton, da Inglaterra. A Agência RTI Esporte realizou um levantamento dessas equipes, detalhando a campanha de cada uma sob o comando da 777:
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Standard Liège
O clube belga vive uma temporada extremamente conturbada. O contexto econômico e esportivo do clube é catastrófico e resultou numa revolta generalizada da torcida com os mandatários da equipe. A venda do clube para a 777 Partners também sofreu críticas, o que já levantava algumas dúvidas sobre a veracidade da competência esportiva da empresa. E isto vem sendo, novamente, posta em dúvida mediante os resultados da atual gestão.
O Standard Liège esteve flertando com a zona de rebaixamento do Campeonato Belga durante grande parte da temporada e viveu um ano extremamente aquém do esperado pelos torcedores. Para além disso, vivenciam crise financeira e estão vivendo também um bloqueio do seu poder de transferências por conta da incapacidade de fornecer certificados que comprovem saúde financeira do clube. Uma nova venda não está descartada.
Red Star FC
O clube francês viveu uma grande temporada dentro de campo, pois foi campeão da terceira divisão francesa e está de volta a Ligue 2. Apesar disso, o baixo investimento na infraestrutura do clube, o distanciamento dos diretores norte-americanos com o dia a dia e os problemas no planejamento esportivo são algumas das razões que causam críticas da torcida com os mandatários.
Os protestos da torcida da tradicional equipe da capital francesa têm sido frequentes e ostensivos. Faixas com “Fora 777” e corredores de fogo simbolizando a insatisfação com a empresa foram recorrentes nessa reta final de temporada. Assim como nos casos de Vasco da Gama e Standart Liège, a tendência é a revenda do clube.
Melbourne Victory
O clube australiano fez uma temporada estável, e passou a passou a maior parte do Campeonato Australiano na metade de cima da tabela. O Melbourne Victory brigou pelo título nacional em boa parte da competição. Na pós-temporada, chegaram à final, mas foram derrotados pelo Coast Marines. Dessa forma, não se classificaram para nenhuma competição internacional.
Pelo dinheiro já investido no clube e pela expectativa criada pelos torcedores, pode-se dizer que também se tratou de uma temporada decepcionante. Os protestos por lá são menos frequentes, mas as denúncias de problemas financeiros e possibilidade de fraude são frequentes. Esses seriam motivos válidos para acreditar numa revenda do clube, apesar da imprensa local não falar muito sobre essa possibilidade.
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Sevilla
O único desses clubes onde a 777 Partners é acionista minoritária é o Sevilla. A equipe também fez temporada medíocre, terminando na 14ª colocação do Campeonato Espanhol. Apesar disso, o problema da equipe não pode ser diagnosticado como sendo somente ao conglomerado, já que os demais acionistas não agradam em aos torcedores.
Há uma briga política pelo comando totalitário do Sevilla, o que leva a algumas nuances na gestão administrativa e esportiva. Denúncias de dívidas, incapacidade de investimento e problemas de relacionamento são recorrentes na mídia sevilhista. A revenda é pouco provável, pois dependeria de aprovações por todos os sócios, incluindo a 777 Partners. O mais provável é um imbróglio judicial, tal qual no caso do Vasco.
Diante dessas situações, é expectável que a 777 Partners cada vez mais volte atrás na sua intenção de ser um grupo de comando de diversos clubes. O insucesso administrativo e esportivo parece escancarar a incapacidade da empresa norte-americana de investimentos de atuar na área administrativa. As diversas denúncias de fraude e estelionato em nada ajudam, também, a sanar essas dúvidas.