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Wilson Gottardo relembra bastidores do rebaixamento do Botafogo em 2014: “Ambiente era pesado”

Ídolo histórico do Botafogo e campeão brasileiro como jogador, em 1995, Wilson Gottardo aceitou o desafio de ser diretor de futebol do alvinegro em 2014. Em um ano que se apresentava promissor pelo retorno à Copa Libertadores da América, o ex-jogador acabou encontrando muitos problemas internos e isso resultou no rebaixamento da equipe à Série B do Campeonato Brasileiro.

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Durante entrevista ao canal “RTI Esporte”, no YouTube, Wilson Gottardo falou sobre os bastidores daquela campanha muito ruim feita pela equipe. Além disso, destacou todos os problemas que precisou resolver internamente para amenizar a crise que se formou. O dirigente destacou ainda que gostaria de ter sido treinador da equipe em algum momento.

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“Gostaria de ter tido uma oportunidade de trabalhar no elenco principal do Botafogo. Vivenciei o clube com atleta e como gestor.  Consegui fazer uma gestão boa quando estive lá e fui muito transparente com aquilo que eu queria. Muitas vezes fui questionado, mas ninguém tinha solução para o que estava sendo feito. Aquilo que eu queria, era o que daria certo sim”, disse Wilson Gottardo, que também falou sobre os polêmicos afastamentos de Edilson, Bolívar, Júlio César e Emerson Sheik.

“Em nenhum momento pedi o afastamento dos atletas. Muito pelo contrário, eu fui contra. O Emerson Sheik era muito importante, mas foi uma decisão do presidente (Maurício Assumpção). Falei com os empresários dos atletas, mas foi muito difícil. Eu não podia correr por não concordar com a opinião do presidente. Acreditava que o time poderia fugir do rebaixamento, mas o Botafogo foi rebaixado nos bastidores, isso interfere no rendimento dos atletas”, completou Wilson Gottardo.

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No período, o alvinegro sofria com um constante problema de atrasos salarias. Desta forma, muitos atletas buscavam a Justiça do Trabalho para rescindirem seus vínculos para se verem, enfim, livres do clube. O problema chegou até mesmo a uma faixa que foi carregada pelos atletas antes de um jogo externando a insatisfação com a gestão.

“Na época o Botafogo tinha quatro atletas que queriam entrar na justiça por conta de salários atrasados. Eu avisei ao presidente, a gente correu atrás e conseguiu pagar esses atletas para depois liberar todos eles. É um direito deles, mas eu não tinha controle de tudo. Teve um jogo que os jogadores entraram com uma faixa e eu não tinha visto aberta. Perguntei ao jogador o que estava escrito e ele disse que era uma mensagem de que estavam juntos com os torcedores, eu achei legal. Mas é aprendizado. Quando vi a faixa aberta, estavam fazendo críticas à diretoria. E era um atleta considerado ídolo do clube”, destacou Wilson Gottardo, que também falou sobre o ambiente interno e a relação conturbada com Jéfferson.

“O ambiente era pesado e tenso, já que os resultados não chegavam. Sempre tive que apagar alguns incêndios dentro do elenco. O Jéfferson foi convocado para a Seleção Brasileira, voltou, mas não se apresentou. Isso foi avisado a ele, mas o Jéfferson falou que não tinha sido avisado. Então isso gerou um problema, mas depois ele seguiu jogando normalmente”, finalizou Gottardo.

Como jogador, Wilson Gottardo teve três passagens pelo Botafogo. Nesse ínterim, disputou 272 partidas e marcou 10 gols. Além disso, conquistou o Campeonato Brasileiro (1995), o Campeonato Carioca (1989 e 1990) e o Torneio Tereza Herra (1996). Seu último trabalho foi como Coordenador Técnico do Resende, em 2023.

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