O interesse do River Plate, da Argentina, por Alexandro Bernabei levou o Internacional a definir parâmetros claros para uma possível negociação. O clube sinalizou que só aceita discutir a saída do lateral-esquerdo a partir de US$ 7 milhões (R$ 38,8 milhões, na cotação atual).
A Agência RTI Esporte apurou que o River projeta uma oferta de US$ 6 milhões (R$ 33,2 milhões), sendo US$ 5 milhões (R$ 27,7 milhões) fixos e US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) em bonificações por metas atingidas.
No Internacional, a leitura é de que a oferta não atende aos parâmetros traçados, mas não inviabiliza o diálogo. O presidente Alessandro Barcellos não trabalha com a ideia de dificultar uma eventual saída para o clube argentino.
O técnico Paulo Pezzolano, por sua vez, manifestou o desejo de contar com Alexandro Bernabei na próxima temporada. A avaliação da comissão técnica é de que o jogador oferece estabilidade a um setor sensível do campo.
Ainda assim, o treinador não defende uma postura de enfrentamento em caso de avanço das negociações. Afinal, o uruguaio entende que decisões de mercado da bola fazem parte do planejamento do clube.
Ainda segundo apurou a reportagem, Alexandro Bernabei tem contrato com o Internacional até dezembro de 2027. A multa rescisória para transferências internacionais é de US$ 20 milhões (R$ 110,8 milhões).
O salário do jogador está na faixa dos R$ 600 mil mensais. O valor, aliás, contempla luvas e direitos de imagem. Para adquiri-lo, o Internacional desembolsou 3 milhões de euros (R$ 19,4 milhões) ao Celtic, da Escócia.
Negociação reflete estratégia do Internacional no mercado
Antes de tudo, a condução do caso Alexander Bernabei expõe uma lógica que o Internacional vem adotando de forma mais clara: estabelecer valores, preservar ativos e evitar negociações precipitadas após a chegada de Paulo Pezzolano.
Internamente, a avaliação é de que a saída exigiria reposição, mas não comprometeria o clube se o negócio atingir os números desejados. Do lado do jogador, o interesse do River Plate é tratado com naturalidade, sem sinais de pressão pública ou ruptura contratual.




