Corinthians: executivo do futebol revela que há “um grupo que trabalha contra nos bastidores”

Fabinho Soldado não garante permanência para 2026, após temporada marcada por turbulência no Parque São Jorge.

Fabinho Soldado relata clima pesado nos bastidores do Corinthians

Antes de tudo, após a conquista do tetracampeonato da Copa do Brasil, dirigentes, comissão técnica e jogadores do Corinthians trataram o título como um ponto de virada em uma temporada marcada por turbulências em 2025.

Um dos personagens centrais desse processo foi o executivo de futebol Fabinho Soldado, que falou abertamente sobre o futuro no clube e os bastidores políticos que ainda impactam o dia a dia do Timão. Fabinho deixou claro o desejo de seguir no Corinthians, mas não escondeu o incômodo com interferências internas.

“A minha vontade sempre foi permanecer. Mas confesso que existe um pequeno grupo que acaba atrapalhando o Corinthians, muitas vezes de forma silenciosa, sem se expor, e isso incomoda a todos”. O desabafo do dirigente ocorreu ainda no gramado do Maracanã, após a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco.

O executivo também revelou que pretende alinhar os próximos passos com a presidência antes de qualquer definição. “Vamos ter uma conversa com o presidente para entender qual é o planejamento para 2026, para que possamos tomar as melhores decisões”. Foi assim que Fabinho explicou, reforçando que o planejamento do elenco será determinante para sua permanência.

A situação de Fabinho já vinha sendo discutida internamente desde novembro. Em reuniões do Conselho de Orientação, o Cori, temas como o cenário financeiro, transfer bans e débitos envolvendo jogadores foram colocados à mesa. Uma das pautas sensíveis foi a contratação de Memphis Depay, que hoje representa uma pendência de cerca de R$ 23 milhões para o clube, assunto que gerou desgaste nos bastidores.

Fabinho Soldado foi responsável pela permanência de Dorival Jr.?

Mesmo diante das pressões e da instabilidade política, Fabinho fez questão de bancar a continuidade do trabalho de Dorival Júnior para 2026. “Nunca imaginei uma saída do Dorival. Quando se fala em gestão, equilíbrio e saúde financeira, não tem como demitir um treinador por causa de uma eliminação ou de um momento difícil”, afirmou.

Para Fabinho Soldado, o título reforça a escolha feita. “Estamos falando de um treinador vencedor, que estava na Seleção Brasileira até pouco tempo e conquistou um título muito importante para o clube”, completou.

Por fim, o dirigente adotou um tom mais leve ao comentar a relação com o treinador. “Eu só acho que ele está um pouco chateado comigo, porque prometi cinco reforços e isso não foi possível”, disse, em tom de brincadeira. Enquanto define o próprio futuro, Fabinho já trabalha no planejamento da próxima temporada, com a expectativa de resolver pendências financeiras e dar mais estabilidade ao Corinthians em 2026.

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