Campeão de fisiculturismo, praticante de boxe e um dos nomes em evidência nos eventos do FMS (Fight Music Show), Rafael Rey, conhecido como Rey Physique , abriu o jogo, em entrevista exclusiva para a Agência RTI Esporte, sobre o preconceito enfrentado por influenciadores no boxe, o impacto do esporte em sua vida e seus objetivos dentro do cenário internacional.
Segundo Rey, o preconceito que ainda existe não está ligado ao fisiculturismo em si, mas à imagem criada por parte dos influenciadores que não levam o esporte a sério.
“Acredito que o preconceito não é por eu ser fisiculturista, mas por ser influenciador. Tem muita gente que treina sério, mas também tem quem vá só pela palhaçada. A galera acaba colocando todo mundo na mesma panela”, afirmou.
Mesmo reconhecendo que o nível técnico nos eventos que misturam atletas profissionais e influenciadores é bastante variado, Rey enxerga esse modelo como algo positivo para o crescimento do boxe.
“Lá você encontra de tudo: atletas profissionais, influenciadores que levam a sério e outros que vão só pelo hype. Mas isso coloca um holofote no esporte e dá visibilidade para quem realmente merece”, explicou, antes de destacar o impacto direto desses eventos no aumento da procura por academias de boxe.
“O feedback que recebo é que, depois de cada Fight Music Show, surgem mais alunos interessados em treinar boxe. Isso é muito positivo para o esporte.”
Rey Physique projeta o futuro
Sobre o futuro, Rey deixa claro que tem os pés no chão. Ele não se vê como um candidato a campeão mundial das grandes federações, mas entende seu papel como influenciador dentro do nicho em que atua.
“Eu sei o meu lugar. Não sou um cara que acha que vai ser campeão mundial da principal federação. Mas quero ser um bom influenciador de boxe e conquistar um cinturão de importância dentro do meu nicho.”
Rafael Rey também revelou o desejo de seguir construindo sua carreira internacional, com foco em eventos nos Estados Unidos, incluindo cards ligados a nomes como Jake Paul.
“Quero lutar nos Estados Unidos, continuar trabalhando minhas redes e minha mídia, mostrando o quanto o boxe me fez bem física, mental, espiritual e profissionalmente.”
Por fim, Rey destacou a importância do esporte como ferramenta de transformação e inspiração, independentemente da modalidade.
“Já inspirei muita gente no fisiculturismo e hoje vejo pessoas começando no boxe por minha causa. Isso é muito legal. Não importa se é boxe, fisiculturismo, MMA ou corrida. Esporte é saúde.”
A fala de Rafael Rey reflete um momento de transição no cenário esportivo, onde entretenimento, mídia e competição se cruzam, levantando debates, mas também ampliando o alcance e a popularidade do boxe no Brasil.




