“No MMA moderno, errar custa carreiras”: Lenilson Tenório fala sobre arbitragem, combate e responsabilidade

Tenório acumula experiência e destaca evolução do esporte

Lenilson Tenório fala sobre MMA

Faixa preta de judô e sambo, instrutor de krav maga, treinador de boxe, árbitro de MMA e policial militar, Lenilson Tenório não fala apenas de luta — fala de responsabilidade. Na reta final do ano, conversei, com exclusividade para a Agência RTI Esporte, com uma das principais referências nacionais quando o assunto é combate, segurança e arbitragem esportiva. E o recado para 2026 é direto, sem rodeios.

Desse modo, Tenório transita com naturalidade entre o tatame, o ringue, o cage e a realidade operacional. Essa vivência múltipla faz com que sua leitura do esporte vá além da técnica pura. Para ele, o combate moderno exige algo mais profundo.

“Hoje não basta ser técnico. O profissional de combate precisa ser funcional, adaptável e mentalmente estável sob o caos real.”

No MMA brasileiro, essa consciência se torna ainda mais necessária quando o assunto é arbitragem. Segundo Tenório, os desafios enfrentados pelos árbitros vão muito além do conhecimento das regras. Envolvem preparo psicológico, pressão institucional e responsabilidade direta sobre a integridade física dos atletas.

“A exigência hoje é internacional. Um erro pode custar a saúde de um atleta, a credibilidade de um evento ou até uma carreira.”

MMA em evolução

O esporte evoluiu em ritmo acelerado, mas nem sempre a estrutura acompanhou esse crescimento. A falta de uma carreira consolidada para árbitros, segundo ele, impacta no treinamento contínuo, na retenção de talentos e na profissionalização da arbitragem como um todo. Um cenário que, inevitavelmente, precisa mudar.

Ao projetar o próximo ano, Lenilson Tenório resume sua mensagem em uma frase que diz muito sobre o momento do MMA:

“O nível subiu; a consciência precisa subir junto.”

Por fim, para os atletas, ele lembra que pensar também é lutar. Para os treinadores, reforça que o papel vai além do cartel e das vitórias. E para a arbitragem, deixa claro: somos a última linha de proteção.

O MMA já não é experimental. É profissional, global e observado. Que 2026 venha com mais preparo, mais consciência e mais responsabilidade para todos os envolvidos.

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