Presidente da LaLiga, Javier Tebas pede fim do Mundial de Clubes: “Amistoso de verão” Javier Tebas, presidente da entidade que tutela a Liga Espanhola, fez duras críticas ao novo formato do Mundial de Clubes e pediu o fim da competição

Antes de tudo, Javier Tebas, presidente da LaLiga, não poupou palavras ao comentar o novo formato do Mundial de Clubes. Em entrevista coletiva, ele foi taxativo ao afirmar que o torneio deveria ser extinto. “Como repensar: eliminando-o. Meu objetivo é que não haja mais, tenho isso muito claro”, disparou.
Assim, na visão do dirigente espanhol, o atual calendário do futebol mundial já está sobrecarregado: “Não faz falta outra competição que mova dinheiro para um setor de clubes e jogadores e saia de algum lado. Aqui não há mais dinheiro. Há que manter o ecossistema e eliminá-lo”, completou.
Além da crítica estrutural, Javier Tebas questionou a qualidade dos jogos disputados até agora: “Não vi um único jogo. Bem, vi um bocado de Chelsea contra o Los Angeles FC e parecia um amistoso de verão. Não vi intensidade, só correria. Pelo menos nos 25 minutos que vi. Depois não sei se melhorou”, revelou.
Ainda mais nada, Javier Tebas entende que o torneio deve afetar diretamente clubes espanhóis, como Real Madrid e Atlético de Madrid ao longo da temporada 2025/2026: “Claro que condiciona. Há um acordo coletivo que diz três semanas de férias e a LaLiga vai cumpri-lo”, garantiu.
Além disso, Javier Tebas ironizou a influência de dirigentes poderosos como Nasser Al-Khelaïfi, do Paris Saint-Germain: “Na Ligue 1 manda o Al Khelaifi. Se o Real Madrid e o Atlético chegarem às semifinais, ganham 120 milhões de euros e a gente vai ter que começar depois, porque eles vêm cansados”, disse antes de prosseguir:
“Isso está bem? O que os outros clubes vão pensar? Que termine o Mundial de Clubes. Por que temos de ser nós a mudar?”, finalizou o dirigente que vem conseguindo espaço na mídia, sobretudo a espanhola, para criticar o torneio organizado pela FIFA.
Quem é Javier Tebas?
Antes de mais nada, Javier Tebas tem 62 anos, nascido na Costa Rica e um advogado de sucesso que fez carreira no futebol. Desde 2013, preside a LaLiga, como é conhecida a Liga Espanhola de Futebol Profissional. Formado em direito pela Universidade de Zaragoza, na Espanha, ele exerce a profissão desde 1987.
*André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal