Vasco x Corinthians: o que Dimitri Payet tem a ver com a final da Copa do Brasil?

Jornal L’Équipe destaca que o francês deixou clube que pode levantar troféu inédito para sua carreira.

Dimitri Payet tem contrato com o Vasco até junho de 2025

Antes de tudo, o Vasco da Gama está na final da Copa do Brasil, mas um personagem distante do elenco atual voltou ao centro do debate. Em reportagem publicada pelo jornal francês L’Équipe, Dimitri Payet aparece como símbolo de uma ironia do futebol. A publicação destaca que, aos 38 anos, ele deixou justamente o clube que pode lhe render o primeiro grande título da carreira.

Dimitri Payet atuou pelo Vasco entre agosto de 2023 e junho de 2025, período marcado mais por expectativa do que por resultados esportivos expressivos. Contratado com status de estrela, o meia teve participação pontual na campanha da Copa do Brasil. Ele entrou em campo apenas nas duas primeiras fases, contra União Rondonópolis e Nova Iguaçu.

Contra o time do Mato Grosso, Payet substituiu Philippe Coutinho aos 77 minutos. Dessa forma, jogou apenas 13 minutos da partida em Cariacica, no Espírito Santo. Já diante do Nova Iguaçu, no Estádio Nilton Santos, entrou aos 70 minutos no lugar de Pablo Vegetti. Ou seja, foram apenas 33 minutos em campo pela Copa do Brasil.

Mesmo com atuação limitada, essa presença inicial seria suficiente para incluí-lo oficialmente no palmarés do torneio, caso o Vasco conquiste o título. O detalhe destacado pelo L’Équipe é que o francês já não faz parte do clube há seis meses, o que torna o possível troféu ainda mais simbólico e contraditório.

“Minha alma agora também é carioca”, afirmou Payet ao sair do Vasco

A passagem de Payet pelo futebol brasileiro foi marcada por momentos irregulares dentro de campo e por polêmicas fora dele. O jogador deixou o Vasco após se tornar alvo de uma denúncia que resultou em indiciamento por violência física e psicológica, acusação feita por uma ex-companheira, fato que acelerou o fim do vínculo.

Dentro das quatro linhas, Payet alternou boas atuações com longos períodos de baixa intensidade. Sofreu com questões físicas, dificuldades de adaptação ao ritmo do futebol brasileiro e críticas pela relação custo-benefício. Apesar disso, contou com apoio de parte da torcida.

O contraste chama atenção porque Payet construiu carreira relevante na Europa, mas sem conquistas de peso. Acumulou finais perdidas, vice-campeonatos e eliminações decisivas por clubes e pela seleção francesa, cenário que o transformou em personagem recorrente de campanhas interrompidas no momento final.

Agora, enquanto o Vasco enfrenta o Corinthians em busca do primeiro título nacional desde 2011, Payet observa à distância. Como o L’Équipe chama a atenção, fica a sensação de que o francês saiu cedo demais do único clube que ainda poderia mudar, de forma tardia, sua história com os títulos.

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