Justificativa de Ramón Díaz não convence, e torcida do Corinthians pressiona por mudanças
Antes de tudo, a goleada sofrida pelo Corinthians na noite da última quarta-feira (5), gerou muitas críticas, principalmente por sua postura defensiva diante do Barcelona de Guayaquil, em partida pela terceira fase da Pré-Libertadores. Ao escalar três zagueiros, o técnico Ramon Diáz abriu mão de atacar, tanto que terminou os primeiros 48 minutos de jogo, contando o acréscimo, sem conseguir chutar ao gol.
O técnico corintiano reconheceu que a equipe adversária teve mais atitude e se lançando mais ao ataque, além de um desempenho tático eficiente: “A Libertadores é completamente diferente de como jogamos no Brasil. A atitude, a agressividade, eles foram muito superiores em todos os sentidos, além da parte tática. Fizeram uma grande partida, entenderam como se deve jogar e realmente nos superaram”, reconheceu.
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Além disso, o treinador admitiu que, mesmo sem muitas chances claras na primeira etapa, o Barcelona soube explorar os momentos decisivos, o que faltou à sua equipe, envolvida na intensidade do rival. “No primeiro tempo, eles não tiveram nenhuma chance clara de gol, exceto o pênalti, mas, fora isso, não tinham oportunidades, o time estava bem” justificou.
Apesar da maratona imposta pelos jogos do Paulistão e viagem ao Equador, o técnico evitou usar o desgaste como desculpa para o desempenho abaixo do esperado. Para ele, a falta de imposição do time dentro de campo foi determinante. “Sabíamos da dificuldade, mas quando um time te supera em tudo, só resta aceitar”, afirmou.
Mesmo com a derrota, o treinador reforçou a longa sequência invicta da equipe, foram onze jogos desde o revés de 3 x 1 diante do São Paulo, em 26 de janeiro. Ele lembrou que o Corinthians vinha sem perder e que a campanha recente mostrou evolução. “Foi a nossa primeira derrota em muito tempo, mas precisamos aprender com isso”, ressaltou.
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Por outro lado, a inconsistência tática da equipe tem sido motivo de críticas. Questionado sobre as mudanças de esquema e a falta de um padrão de jogo, o técnico afirmou que a prioridade é manter a equipe mentalmente forte. “Temos que reorganizar o time, ajustar o que for necessário e seguir trabalhando”, explicou.
Por fim, o técnico reafirmou que o Corinthians segue em crescimento e que a equipe precisa encarar os desafios com determinação. Segundo ele, momentos difíceis fazem parte do futebol, e a única resposta é continuar trabalhando. “Sabemos que não jogamos bem, mas vamos corrigir nossos erros e seguir em frente”, concluiu.
Finalmente, vale destacar que o zagueiro Félix Torres e o lateral-direito Matheuzinho demonstraram muita insegurança no duelo. Em diversos momentos, ambos entregaram bolas ao adversário, e foi justamente após uma falha do lateral que surgiu o primeiro gol do Barcelona. A instabilidade pode ser reflexo do ambiente no vestiário, afetando diretamente o desempenho da equipe.
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Foram apenas lampejos de reação do Corinthians na noite da Quarta-feira de Cinzas, mas sem ameaçar de fato o adversário. O Barcelona, confortável em campo, soube explorar os espaços e consolidar sua superioridade ao longo da partida, no estádio Monumental de Guayaquil.
A Agência RTI Esporte aputou que, nos bastidores, a pressão sobre a comissão técnica cresce. Informações indicam que um tropeço diante do Santos, na semifinal do Paulistão, poderá resultar em mudanças no comando da equipe.
